26 de fevereiro
A AD tem propostas audazes, o PS insiste num modelo medíocre
Luís Montenegro voltou a mostrar as diferenças entre os projetos da Aliança Democrática e do PS, lembrando que a escolha no dia 10 de março está entre “um modelo medíocre” de crescimento económico, protagonizado pelos socialistas, e a proposta da AD, assente em “políticas públicas, audazes, mas realizáveis”, que tem como “uma das traves-mestras” a redução da fiscalidade com o objetivo de atrair investimento e de criar mais riqueza para todos os portugueses.
“Que legitimidade tem alguém que até há poucos anos achava que nem as dívidas devíamos pagar aos nossos credores, que esteve no governo estes oito anos e falhou nos transportes, infraestruturas e habitação”, questionou.
Esta segunda-feira, em Faro, num comício nos claustros da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, Luís Montenegro dirigiu, em primeiro lugar, uma palavra de agradecimento a Pedro Passos Coelho, que se juntou à campanha da AD.
“Caro Pedro, com todo o respeito: tu não tens de retribuir nada, nós é que temos a obrigação de dizer sempre muito, muito, muito obrigado por tudo aquilo que fizeste por nós, pelo país, pelas pessoas, pelo trabalho patriótico que fizeste à frente do Governo”, disse, recebendo aplausos e gritos de “Portugal, Portugal” de meio milhar de apoiantes e simpatizantes.
Luís Montenegro considerou que Pedro Passos Coelho alcançou resultados que “talvez nenhum outro tivesse conseguido alcançar”. “De 2011 a 2015, foi com o esforço de todos os portugueses que, no tempo certo, sem atraso, mandámos a troika que outros trouxeram para casa e demos autonomia aos portugueses para escolherem o seu futuro. Com o PSD, sozinho ou coligado, sempre que nós passámos pelo governo, deixámos o país melhor do que o encontrámos. Sempre que o PS passa pelo Governo, deixa país pior do que o recebeu”, criticou.
Dizendo ser “uma honra e um orgulho” estar associado a esse trabalho, Luís Montenegro salientou que não se vai “entreter a olhar para trás”, nem distrair-se com jogos políticos.
“São os portugueses que vão viabilizar o próximo governo de Portugal, dando a confiança que nós precisamos para dar condições de governabilidade e de estabilidade ao país”, assinalou.
Luís Montenegro saudou ainda o cabeça de lista da AD em Faro, Miguel Pinto Luz. “O sinal que quis dar aos algarvios foi de verem nessa opção a valorização que eu próprio, líder da AD, queria dar: pedindo a um dos ‘vices’ que aqui estivesse em minha representação para dizer que daqui para a frente vamos dar peso político ao Algarve”, frisou, acusando o PS de ter deixado a região “ao abandono e esquecimento”.
Antes, Pedro Passos Coelho defendeu que “o resultado natural destas eleições é a vitória da AD”, perante o "imenso vazio" do PS, e pediu aos portugueses que deem “condições de força política a esse Governo”. “É a minha convicção: o resultado natural destas eleições é a vitória da AD. Eu acredito nisso”, referiu.
Só o voto na AD pode mudar Portugal
Em Beja, durante a tarde, o líder da AD começou o segundo dia oficial de campanha com uma arruada pelo centro da capital do Baixo Alentejo. “Neste tempo que falta – e falta muito pouco – não deixem nenhum contacto por fazer, vamos explicar que só há um voto que pode mudar Portugal, que é o voto na AD”, expressou.
Do centro de Beja, a comitiva da AD seguiu para a Herdade da Figueirinha, que produz vinho e azeite, e ao lado do cabeça de lista da AD e líder da distrital Gonçalo Valente, aproveitou para fazer um brinde. “Um brinde à agricultura portuguesa, à recuperação de um deputado da AD no distrito de Beja e, dentro do brinde à agricultura, a garantia que vamos fazer deste um setor estratégico do nosso Governo e do nosso país, é o nosso compromisso”, assegurou.
Luís Montenegro declarou ter saído da visita “ainda mais convicto que a agricultura portuguesa tem futuro e tem todas as condições para ser prioritária e estratégica no país”.