10 de fevereiro
Pedro Nuno Santos já se arrepende de ter feito parte dos governos socialistas
Luís Montenegro critica os executivos socialistas por se terem focado na cobrança de impostos e que asfixiaram a classe média durante os últimos oito anos.
“Nós não temos de estar resignados a um Estado que asfixia a sociedade, a vida das pessoas, lhes tira grande parte dos seus rendimentos e lhes entrega serviços com pouca qualidade. Nós somos capazes de fazer muito mais do que aquilo que foi feito nos últimos anos”, afirmou.
Este sábado, num comício da AD em Penafiel, Luís Montenegro acusou o secretário-geral do PS de se distanciar das responsabilidades dos anteriores executivos socialistas, lamentando que o que aconteceu, por exemplo, na habitação tem a marca do “atual secretário-geral do Partido Socialista”.
“Essa tirada, de que são fazedores, é só conversa, porque quando era preciso essa capacidade de ação e esse dinamismo, ficaram calados. Ou então é mesmo preciso perguntar ao atual secretário-geral do Partido Socialista se ele está assim tão arrependido de ter feito parte dos últimos governos, porque é isso que ele está a dizer”, questionou.
Na educação, a propósito da recuperação integral do tempo de serviço dos professores, que faz parte do programa da AD, o líder da AD referiu que quem teve “na mão a esferográfica para poderem assinar o diploma que iria conferir essa recuperação, não o fizeram, disseram que não havia condições e, agora que há eleições, já há condições, já há uma resposta, já tudo é mais fácil”.
Luís Montenegro reitera que é preciso valorizar a carreira dos professores, dando-lhes também condições de trabalho, tirando-lhes burocracia e dando-lhes autoridade, para “atrair mais docentes para a escola pública e para dar resposta aos alunos”.
E assegurou ainda que a Aliança Democrática está a trabalhar para “construir um país mais rico, que dá mais oportunidades aos seus filhos”. “Não temos de estar resignados a empobrecer, face a um Estado que asfixia a sociedade, a vida das pessoas, e lhes tira grande parte dos seus rendimentos e lhes entrega serviços com pouca qualidade”, apontou.
Sublinhando que a coligação se inspira na AD de Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles, Luís Montenegro defendeu diálogo entre os partidos, mas também fora deles, e destacou a contribuição de personalidades independentes como Miguel Guimarães, o cabeça de lista da AD pelo Porto, a quem dirigiu um agradecimento. “Quem se abalança a governar um país (…) não se pode esgotar apenas nas organizações partidárias. Não que elas não sejam importantes, mas é preciso ir mais longe, abrir a porta e ir buscar aqueles que na sociedade se distinguem mais”, disse.
Este comício contou com a presença do líder do CDS-PP, Nuno Melo, e de António Lobo Xavier, advogado e membro do Conselho do Estado.